Embora todos saibamos qual a fragilidade da nossa democracia liberal, temos algum pudor em exigir mudanças, sempre com receio que ainda poderá ficar pior, “quando mal nunca pior”.
As mudanças estruturais são normalmente anseio dos partidos mais liberais, que pretendem que o estado tenha um papel mais regulador, e com uma menor intervenção direta nas empresas, nos serviços e consequentemente na economia, ao contrário do que atualmente acontece, uma vez que tem sido difícil conseguir entendimentos nesse sentido, entre os representantes do povo, eleitos na Assembleia da República, pois a frente de esquerda unida, herdeira da ideologia Marxista/Leninista, não o quer, sabendo que qualquer entendimento nesse sentido, é contrário ao seu ETHOS, e às suas raízes, pois ainda sonham com economias planificadas, e com amanhãs que cantam.
Sem reformas estruturais, não é possível que o Estado invista mais nas suas funções de soberania, como a segurança, a defesa, a justiça e a diplomacia, funções que são as únicas que o Estado deve aprofundar mais, que essas sim são as suas funções essenciais, sem as quais não há desenvolvimento, nem prosperidade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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