Portugal é cada vez mais um entreposto comercial de pessoas e de talentos, em busca de novas oportunidades na Europa, pena é que não aproveite a sua posição geográfica, aliada ao facto de estar na UE, para atrair capital e sobretudo empresas.
A maioria dos migrantes, quer sejam pés-rapados, alguns sem qualquer espécie de formação e outros licenciados inclusive em medicina, assim como os jogadores de futebol, só querem rumar a Portugal, para daqui chegarem a países economicamente mais prósperos no caso dos primeiros, ou a ligas de futebol mais importantes e mais rentáveis financeiramente depois de serem valorizados e mostrados na grande montra do futebol europeu, com grandes mais-valias para os clubes nacionais, uma espécie de escravatura moderna.
No caso dos jovens licenciados, mestres e até doutorandos portugueses, acontece algo semelhante, Portugal e as famílias portuguesas, gastam dinheiro em educação, para estes rumarem também à UE, neste caso sem mais-valias nenhumas para Portugal, antes pelo contrário.
A coisa parece certa, ninguém quer ficar no país que embora pertencendo à UE, não se consegue desenvolver sustentadamente, não é competitivo, paga mal, não querendo valorizar os quadros pois os ordenados que estes ai aferem depois de descontados impostos é pouco superior aos que nenhuma formação quiseram, ou puderam criar.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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