A solidariedade portuguesa, em apoio da Ucrânia, tem sido inexcedível. De quase todas as as localidades do nosso país, têm saído todo o tipo de apoios, desde hospitais de campanha completos, até medicamentos e material de primeiros socorros, como foi o apoio mandado por Mafra e que foi amplamente citado nos jornais televisivos nacionais.
Os horrores da guerra vista em direto, ao vivo, a cores e quase em cima do acontecimento, horroriza as pessoas pelo sofrimento que vêm, e leva-as a agir, no sentido de mitigar a dor que vêm espelhados no rosto dos ucranianos, num sentido fraterno, que é de louvar e agradecer, porque faz parte da nossa idiossincrasia como povo.
A abertura que observamos em receber refugiados da guerra, um pouco por todo o país, é algo que não sendo novo, parecia adormecido, pois em relação a casos semelhantes, noutras guerras, noutras latitudes, não atuámos solidariamente da mesma forma, pois o medo do diferente tolheu-nos.
A guerra na Ucrânia poderá demorar anos, como poder demorar dias, é necessário estarmos preparados para integrar estes ucranianos e ajudá-los a recomeçar em paz.
Portugal, moderno, europeu, solidário, faz-me nestas alturas, orgulhar-me de pertencer a esta nação, que se quer projetar em conjunto no futuro, orgulhando-se do seu passado e da sua identidade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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