As bases dos EUA no Iraque e na Síria começaram a ser atacadas com “Rockets”, e na embaixada norte-americana em Bagdade os funcionários civis e diplomatas, não essenciais ao funcionamento da mesma, foram extraídos por helicóptero para o aeroporto para regressarem ao país.
Nada de novo no Iraque, onde durante seis meses me habituei de tal forma aos alarmes “anti-Rockets”, que já nem da cama me levantava, colocava no entanto o capacete em cima da testa e abria o colete em cima do peito, como se dum cobertor se tratasse, pois a raça humana a tudo se habitua.
Por causa desses ataques e do alastramento eventual do conflito aos países árabes, os EUA mudaram de posição, e embora apoiando retoricamente Israel, estão a refrear os israelitas, atrasando-os ou mesmo impedindo-os de invadirem por via terrestre a Faixa de Gaza.
Parece que finalmente a razão e as pombas substituíram os falcões norte-americanos, depois do país ter deslocado duas esquadras para a região do Mediterrâneo Oriental, e terem garantido apoio incondicional a Israel, passando dessa forma um cheque em branco à atuação do atual Primeiro-ministro israelita, e depois de Biden ter conseguido apoio financeiro de vulto por parte do congresso para apoiar militarmente os israelitas.
Entretanto o ministro dos negócios estrangeiros russo, Lavrov foi ao Irão, no dia em que os dirigentes políticos do Hamas também aquelas paragens se deslocaram algo, que em minha opinião, não é uma mera coincidência, mas um sinal claro de apoio da Rússia ao Irão e ao Hamas, na senda da velha máxima de que os inimigos dos meus inimigos, meus amigos são.
O Médio-Oriente e a invasão da Ucrânia estão, a partir de agora, indelevelmente ligados, e o início dum conflito generalizado pode estar por um fio, caso Israel continue com a sua sede de vingança, e continue a atacar a Síria.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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