Quando uma nação é invadida, e o invasor conseguir tomar o poder, o que se espera do povo é que passe à insurgência, à resistência, começando uma guerra de teor diferente, a que os invasores chamam de insurgência, de guerrilha, de terrorismo, e os nacionais chamam de libertação, de resistência, de operações irregulares, quero eu afirmar que as caracterizações taxionómicas, variam de acordo com a perspetiva do analista, e de acordo com a doutrina que tem como referência, que tem variado ao longo dos tempos, para o mesmo tipo de guerra, bem como para os aliados dos beligerantes, de ambos os lados.
Esta semana a Ucrânia conseguiu por duas vezes, através de operações especiais, operações não convencionais, atacar o inimigo em grande profundidade, nos dois golpes de mão, que efetuou nas cinco bases aéreas russas e na ponte de Kersh, sinalizando a vontade que têm de combater, algo que mesmo que não tenham sucesso em termos de guerra convencional, irão continuar a fazer, mesmo que tenham de passar à resistência.
A Ucrânia rem atualmente forças bem treinadas, que passarão à resistência em caso de as forças convencionais soçobrarem, e estas operações que efetuaram esta semana, são sinal que os russos não vão poder dormir descansados, em nenhuma parte do seu território.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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