Tentando ser honestos, isentos e independentes das narrativas ocidentais, parece-me chegada a hora de afirmar que com o atual estado da guerra na Ucrânia, esta não tem potencial humano suficiente para poder ganhar a guerra, ou seja, voltar a repor completamente as suas fronteiras.
Para além do potencial humano ser escasso, os meios militares mais tecnológicos e em quantidade suficiente, que fariam a diferença no início da guerra, se lhe tivessem sido entregues, e que não for com medo da escalada da guerra, neste momento se lhe forem entregues não teriam a mesma eficácia que poderiam ter tido no início da guerra, porque a Rússia reequipou-se com material recente, tecnologicamente avançado, aprendeu com os erros que cometeu, modificou a sua tática e tem mobilizado pessoal em quantidade suficiente para fazer face à escassez de pessoal com que se batem os ucranianos.
Perante estes factos, ou entra na guerra pessoal dos países ocidentais, armado decentemente, algo que pessoalmente não acredito, ou será preciso voltar à mesa de negociações, com todas as partes no conflito, o que inclui os EUA liderando o Bloco Ocidental, e negociar seriamente, ou seja, tentar chegar a um consenso, o que implica cedências de ambas as partes, que tão necessariamente de passar pelo estatuto de neutralidade da Ucrânia, e algo mais que só negociando se verá.
Claro que os resultados desta conferência de paz na Suíça, não os relativos aos três pontos formais e de que vai sair uma declaração aceitável para a Rússia, são importantes, mas o mais importante é o que se discutiu informalmente, ou seja o que os EUA, Inglaterra e a Alemanha combinaram entre si.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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