Ursula Van der Layen ganhou as eleições para Presidente da Comissão Europeia, e no seu discurso perante o Parlamento Europeu pós-vitória, voltou a reafirmar o apoio total à Ucrânia, ou seja, que a UE vai continuar a apoiar financeiramente e com sistemas de armas, o esforço de guerra da Ucrânia, bem como que não comungava com a estratégia dos EUA relativamente às futuras relações com a China.
Donald Trump, por sua vez, voltou a afirmar, no discurso que proferiu após ter sido declarado candidato a presidente dos EUA na convenção republicana, que com ele na Presidência não teria havido guerras e que a Rússia não teria tido a veleidade de ter atacado a Ucrânia, na sequência duma sua declaração anterior em que afirmou que a guerra na Ucrânia, com ele novamente na Presidência, só duraria mais um dia, presunção simplista e populista, que já foi entretanto desmentida pelo Kremlin, bem como sabemos que a sua estratégia é a de se dedicar exclusivamente a impedir que a China ganhe mais poder, e que por esse facto se torne uma potência global rival.
Todos os discursos, já efetuados por estes dois líderes, são paradoxalmente antagónicos, e revela que a UE e os EUA, se Trump for eleito Presidente dos EUA em novembro, deixarão de ter alguns interesses em comum, algo que pode afetar a cooperação entre aliados de uma forma significativa.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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