Havia tanto para dizer…
OS JORNAIS – Se não formos nós, os OCS (Orgãos de Comunicação Social) a destacarmos assuntos de interesse realmente colectivo, ninguém desperta, e opta pela preocupação do Sporting ter ou não ter um presidente verdadeiramente “senhor” para o espectáculo da bola, ou pelo Benfica ganhar o campeonato ou pelo que vai acontecer na novela da SIC ou TVI.
Mal se falou do Hospital de S. João lá para o norte do País, assunto local, mas igual a tudo o que é hospitalar no resto deste Portugal à beira mar plantado, logo a oposição cerrou fileiras contra o governo. Naturalmente que a guerrilha entre partidos deve acontecer mas não é razão de se falar até enjoar e de tal forma deixar de ser assunto importante. Na verdade este assunto dos Hospitais não é culpa deste ou daquele partido, ou de qualquer governo, mas de todos os políticos e de todos os governos. E tem de ser olhado e resolvido já. Agora e que se lixe o défice.
Além dos políticos se governarem e bem, ainda agora se fala em aumentos (só para eles, claro) perdem tempo a discutir o financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais. e pouco ou nenhum tempo é dedicado à coisa publica no que diz respeito ao básico – educação, saúde, habitação e recursos mínimos para alimentação e cuidados continuados.
Mas isto não é contra qualquer partido pois são exactamente todos iguais.
O TEMPO – Está de chuva há tempo demais, já chega. Tem de haver estudos para amenizar esta dependência da chuva, dos ventos ciclónicos e grandes catástrofes. Do mar, dos plásticos, e da riqueza ou falta dela que daí advêm. Falam… falam… mas não fazem nada. Pode e deve estudar-se com incentivos, grandes soluções mas ninguém dá atenção a isso
OS DOENTES – Cada dia o povo está mais velho e carente de tudo, naturalmente se sente mais a necessidade de lugares intermédios entre o médico especialista de topo e a auxiliar do posto médico. É necessário ordem na hierarquia da classe médica, criar lugares paramédicos e novos médicos com novas escolas e garantir carreira aos enfermeiros tão maltratados e obrigados a emigrar. Fazem tanta falta como o pão. A solução de médicos espanhóis e cubanos só numa fase provisória e nunca como definitiva.
Os hospitais estão velhos, e necessitam de postos intermédios locais, e os que existem estão mal organizados, com roubos sistemáticos de roupas, de produtos de limpeza, de produtos médicos, só não desaparecem as marquesas e os grandes aparelhos porque estão a ser utilizados todos os dias. Gasta-se dinheiro a granel menos para aquilo que é necessário. Há necessidade de Hospitais mais pequenos, mas na província, e não apenas nas cidades grandes e centrais.
A ditadura de alguns médicos, por se sentirem mal pagos, e prepotentes por se sentirem importantes, estraga o que de melhor deve existir na classe médica que é dar assistência a quem está dependente e fragilizado pela doença.
Tudo isto, e prova-se pela documentação anexa, uma consulta marcada para Torres Vedras, depois de visto no Posto Médico da Ericeira e solicitada pelo médico de familia, sendo o doente da Ericeira demorou quase um ano. Após a marcação foi adiada duas vezes, protelando, talvez a ver se o doente morria, ou desistia… na última data marcada lá foi o doente debaixo dum vendaval gastar tempo e dinheiro até Torres Vedras – Chegou a horas com dificuldade, estacionar não é fácil e ainda por cima a chover – mas em vez da consulta, levou com a informação que devia ter sido avisado que de novo a consulta foi adiada e sem aviso, escreveu à mão na notificação anterior.
Confirmou a funcionária no computador que tinha o telemóvel e número fixo, a morada estava correcta, portanto poderia ter feito um SMS, um telegrama, um mail, ou um telefonema. Nada se fez, e agora vamos ver, se vai ser adiada a consulta novamente e caso seja marcada uma intervenção cirúrgica para que ano vai ser marcada e desmarcada.
Isto chama-se gozar com o freguês! Ou com o contribuinte.
Na verdade já se conquistou muito, comparado com o que tínhamos há cinquenta anos. Mas não estamos no terceiro mundo. Não temos descontos nos salários para que não possamos exigir mínimos no que diz respeito a estes assuntos.
Temos postos médicos onde embora pouco, já se paga o suficiente para pelo menos pagar e bem os salários do pessoal todo do posto médico, e além disso também pagamos impostos que são equivalentes aos do estrangeiro face aos nossos miseráveis salários.
Temos obrigação de exigir bom serviço ou penhorar o Posto Médico, ou o hospital que é o que o Estado nos faz se não pagarmos as taxas e os impostos.
Uma opinião de Helder Martins
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