Os EUA na administração Biden, que apoiei não por me parecer alguém de exceção mas por ser o mal menor, estão a deixar o mundo completamente em fanicos, dada a sua inconsistência em relação nos seus apoios externos, de que é flagrante o caso ucraniano, pois não consegue internamente negociar com os republicanos, mesmo quando existem, e estão em jogo interesses comuns e importantes para a sua estratégia de conter o Heartland, de acordo com a teoria geoestratégica de Mackinder, que define como a potência marítima deve conter a potência continental.
Relativamente ao apoio incondicional a Israel, o único aliado pró-ocidental na região e portanto para os EUA, que sabem que necessitam ter uma base solida na região do Médio-oriente, a que pelo seu domínio permite o controlo de três continente, permitindo balancear forças, o apoio mantém-se incondicional, por os seus interesses na região serem importantes.
Por serem importantes os interesses dos EUA na região, onde os russos também têm interesses, os EUA permitem que Israel extermine o povo palestiniano na Faixa de Gaza e inclusive permitem que estes entrem no último reduto em Rafah.
A União Europeia assiste passivamente ao massacre sobre a Palestina, em Gaza e mesmo na Cisjordânia, apoiando os EUA incondicionalmente, sem ser capaz de ter uma política externa coerente.
Netanyahu com as suas jogadas de mestre consegue ao provocar o Irão, que insensatamente respondeu diretamente, com um ataque de mísseis sem previdentes sobre Israel, conseguiu granjear em pleno de todo o apoio Ocidental, que troca assim os valores pelos interesses.
Por sua vez a defesa dos interesses dos EUA na Ucrânia, foram relegados para segundo plano, e a sua defesa foi delegada na Europa, que têm de substituir o apoio até agora dado pelos EUA, o que vai significar que os europeus tenham que fazer sacrifícios.
Nuno pereira da Silva
Coronel na Reforma
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