O Papa Leão XIV, por ser de nacionalidade norte-americana, e de ter alegadamente votado no Partido Republicano nas últimas eleições presidenciais, colocou, como eu esperava, o Vaticano no centro das resoluções e mediação dos Conflitos Internacionais, pois Trump aceitou imediatamente a oferta do Papa e do Vaticano, como local, para nele se efetuar a próxima, ou talvez, as próximas negociações de paz, do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Trump não confia nas Instituições Multilaterais, nem no multilateralismo, ou seja, não vê nenhuma mais valia, nem na ONU, e no seu Secretário-geral, nem na OSCE, como locais privilegiados para resolução e mediação dos conflitos internacionais, preferindo escolher um estado-neutro para o efeito, como o Estado da Santa Sé, como o local ideal para cumprir esta espinhosa missão, de alcançar a paz no conflito na Ucrânia.
O Vaticano com a sua secretaria de estado, tem executado amiúde esta missão, com sucesso, no silêncio e sobre a grande saia da Santa-Madre Igreja há décadas, em diferentes geografias, e em diferentes conflitos, usando normalmente a Comunidade de Santo Egídio, como a sua ferramenta privilegiada, para no terreno mediar alguns dos conflitos que mediou e resolveu.
Esta missão no Vaticano, é também relevante para Trump, porque desde o início escolheu a Itália e a Melloni, como a sua aliada priviligiada na União Europeia, por afinidades ideológicas, tendo sido a única Chefe de Governo de em Estado-membro da UE que assistiu à sua inauguração, ou seja, a escolha da Santa-Sé, estado independente, mas incluso na cidade de Roma, é mais um sinal, que para ele que a UE não existe, e que qualquer negociação com as Instituições Europeias nunca terá lugar diretamente, será sempre feita Estado-membro a Estado-membro, e dentro destes há uns mais privilegiados que outros, numa tentativa mais de com ela acabar. Melloni será um dos cavalos de Troia por si escolhidos, para efetuar este ataque.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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