Meloni está em risco de ser a primeiro-ministro de Itália, se tal acontecer um tsunami está prestes a arrasar a União Europeia, pois poderá fazer mudar o curso de todo o processo de integração europeu, pois juntar-se-á às já problemáticas Hungria e Polónia e outros países de Visegrado, que tudo têm feito para destruir a UE, ao não querer aceitar o constante nos seus tratados, e na Carta dos Direitos Fundamentais da UE, ou seja, a sua Constituição Informal.
A União Europeia pode mesmo ter de ser mais dura na sua atuação relativa à atribuição de fundos para os estados-membros, que não queiram cumprir as regras da pertença ao projeto político de Integração da União, pois não se pode querer simultaneamente pertencer e não pertencer à mesma.
O Reino Unido quis sair, e saiu da UE, a porta de saída está aberta, muito em ora não sejam fáceis as negociação de saída, dadas as interdependências existentes entre todos os estados-membros, e entre estes e as instituições europeias, com a a agravante de no caso de a Itália ser um país do Euro.
A integração europeia e o caminho que esta está a fazer, poderá ter de ser repensado, devendo em minha opinião, pensar-se numa Europa com níveis diferentes de integração voluntária, até para se poderem atrair países como a Ucrânia e a Turquia para o mercado único, e não para o seu núcleo duro, como proposto recentemente por Macron, uma vez que os referidos países não têm condições para nela entrar como membro pleno, por não cumprirem os critérios de Copenhaga.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
Adicionar comentário