O Papa Francisco do seu leito do Hospital Gemelli, continua a fazer ecoar a sua voz, a favor dos migrantes e dos refugiados, tendo escolhido esse tema, para reflexão Quaresmal, tema a que tem vindo a dedicar-se desde o início do seu pontificado, quando se deslocou a Lampeduza, para lançar uma coroa de flores ao mar, para alertar para esse flagelo da população migrante, que tudo tenta, pondo em risco a própria vida, para chegas à Europa e aos EUA.
Numa altura em que os migrantes à procura de melhores condições de vida, para si e para a sua família, são perseguidos pelos populismos, que a seu propósito, têm um discurso de total intolerância para com a maioria deles, e muito racista, pois se forem os Ucranianos brancos fugidos da guerra, são bem tratados e recebidos, enquanto se forem de outras etnias a fugir das guerras, das perseguições étnicas de que são vítimas nos países de origem, são maltratados, escorraçados, olhados com desconfiança, presos, acorrentados e recambiados para os países de origem, como é o caso mais paradigmático dos EUA.
A palavra e os pensamentos de Francisco, são uma verdadeira pedrada no Charco, em relação ao discurso duma extrema-direita, que está sempre atirando culpas alheias aos migrantes, por falhas, e eventuais problemas de segurança, percentualmente desprezível, na maioria dos casos ou mesmo manipulada e inventada, como forma de atingir o poder pelo medo, como bem frisou ontem na AR o atual Diretor da PJ, para com dados certificados, desconstruir o mito urbano, de que estes são os responsáveis pela insegurança que se vive atualmente em Portugal.
Viva o Papa Francisco que com o seu Magistério, não se deixa impressionar com percepções infundadas de segurança, e quer alertar o mundo, da injustiça desse discurso, e para a sua inverdade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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