O Natal está a chegar, e na Ucrânia a guerra continua, com bombardeamentos diários da Rússia sobre todo o território ucraniano.
Os ucranianos apesar de se estarem a bater, nos campos de batalha, de uma forma heroica, pouco mais podem fazer, com o armamento que dispõem, para defender todas as cidades, que têm estado a ser cobarde e incessantemente arrasadas.
O Ocidente, liderado pelos EUA, têm de decidir se querem que a Ucrânia seja devastada desta maneira, ou se querem fornecer armamento defensivo e ofensivo, para dar a volta militarmente, e de uma forma decisiva à guerra, ou se querem manter este “ status quo” de sofrimento inenarrável do povo ucraniano, e que a guerra continue num impasse.
Sem que a Ucrânia seja dotada de mais material defensivo, e sobretudo ofensivo, a guerra não tem solução à vista, pois a melhor defesa é o ataque, ningém ganha uma guerra só defendendo e sem poder atacar formaçōes militares, que se estejam a preparar para atacar, fora das suas fronteiras.
Existe sempre uma outra via, que é a de se iniciarem negociações sérias de paz, mas isso implica cedências de ambas as partes, bem como implica que os EUA já tenham conseguido cumprir o seu objetivo estratégico de enfraquecer a Rússia, objetivo que a China também, embora nunca o tenha manifestado publicamente, compartilha.
Se tudo se mantiver como está, e tudo leva a crer que sim, o Natal ucraniano, este ano será triste, feio e muito pouco iluminado. Que o Deus-menino os ajude.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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