O Qatar, na Cimeira de Luanda em 2021, tornou-se Estado Observador Associado da CPLP, ou seja, apesar das declarações feitas ao sabor da imprensa, oficialmente Portugal reconhece que o Qatar promove a democracia e o respeito pelo Estado de Direito e pelos Direitos Humanos, tal como está consignado no Estatuto da Organização, que como sabemos acolheu como Estado-membro, não associado como o Qatar, um país, a Guiné-Equatorial, esse sim, quase pária do Sistema Internacional, por ter alegado ter também como língua oficial o português, a única condição da organização para se aceder a Estado-membro.
O Qatar, ao chamar o embaixador português, após as declarações do Presidente da República e do Primeiro-ministro, para manifestar grande desagrado acerca das mesmas, referiu como fator relevante para não endurecer mais as medidas diplomáticas, para além da chamada do embaixador às autoridades, que tinha tomado em consideração as boas relações históricas entre os dois países, que com um pouco de jeito ainda será admitido como Estado-membro da CPLP, pois com um pouco de jeito, ainda descobrem no país alguns falantes da língua de Camões, desde os tempos que controlávamos as rotas comerciais no caminho marítimo para a Índia, tendo estabelecido vários “check points “por todo o Índico, após algumas refregas com o temível vice-rei das índias, Afonso de Albuquerque, e à semelhança da Guiné-Equatorial declaram também declarar ter o português também e a par do Árabe, como língua oficial.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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