Começo a pensar que por vezes o Ministério Público, não faz um trabalho sério e competente, apresentando a tribunal indiciados de crimes, sem prova palpável que sustente a sua narrativa.
Aconteceu com o processo de Tancos, com o fim de queimar um ministro, Azeredo Lopes, e de caminho arrastaram e enlamearam uma instituição importante deste país, o Exército Português e as Forças Armadas.
Em relação ao ex-Ministro da Defesa Nacional, o Ministério Público, na fase de julgamento, dá o dito pelo não dito, e pede a absolvição do réu por falta de provas, algo inaceitável pois ninguém repara os danos reputacionais que a pessoa em causa sofreu.
Quanto aos outros réus, militares a trabalhar na Polícia Judiciária Militar, ainda não há decisão, mas como sempre afirmei, o caso não é mais que uma efabulação, fruto duma guerra entre polícias, em que as respetivas competências se sobrepõem, respetivamente entre a Polícia Judiciária Civil e a Polícia Judiciária Militar, com o beneplácito do Ministério Público, tendo no entanto e de caminho dado cabo da carreira e da vida de vários camaradas oficiais, que mais não fizeram que o trabalho encoberto, que normalmente faz uma polícia de investigação criminal.
Claro que houve um despacho duma procuradora – geral, Joana Marques Vidal, no sentido de retirar competências, neste caso específico à PJM, invocando que o desaparecimento do material militar, se tratava de um ato terrorista e não de um roubo efetuado por meia dúzia de pilha-galinhas, que depois de roubarem o material, nem sequer sabiam como o vender, despacho esse que embora legal, é estranho e em meu entender desadequado, pois a PJM é
a polícia indicada para investigar crimes essencialmente militares e ocorridos em instalações militares.
O único problema que incrimina a PJM é pois um despacho, estranho , que em meu entender, visa achincalhar uma Instituição respeitável, que está a sofrer uma grave redução de efetivos, que comprometem a sua eficiência.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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