Geral Opinião

O novo acrescento do Jardim Gulbenkian

Foto: LPP

O novo jardim inaugurado recentemente, aquando da reabertura do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, nos terrenos das antigas cavalariças do Palácio de Vilalva, atualmente a ser utilizado pela Inspeção Geral do Exército e pelo Jornal do Exército, aumentou consideravelmente a área do Jardim da Gulbenkian.

Considerando que, o facto de aumentar a área verde do Jardim da Gulbenkian, é sem dúvida, uma grande mais-valia para a cidade de Lisboa, em minha opinião, porém o novo espaço verde pouca ligação tem com o antigo, pois este foi conceptualmente concebido para ser um jardim tipicamente Inglês, ou seja, um jardim que embora construído e plantado pelo homem, deveria imitar a natureza em todo o seu esplendor, enquanto que o acrescento agora inaugurado, embora bonito, não obedece ao mesmo conceito, pois as plantas estão colocadas em canteiros, ou seja, algo que não existe na natureza, o que em minha opinião não faz sentido, pois o jardim como um todo perde coerência.

Quando se faz um acrescento a um jardim, dever-se-ia sempre seguir o mesmo conceito, para não parecer que houve uma ruptura conceptual aberrante, até porque o jardim inicial era, em minha opinião, o jardim mais interessante de Portugal, que poucos jardins ingleses possui, e que por se assemelhar à natureza era muito visitado pela população de Lisboa, que nele se sentia numa autêntica floresta.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Tags

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

Adicionar comentário

Clique para comentar