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O Médio Oriente ao rubro

Foto: Monitor do Oriente

Uma base americana na Jordânia foi atacada, alegadamente por um grupo xiita iraquiano, tendo falecido três militares e ferido alguns outros. Biden afirma que vai retaliar.

O grupo terrorista que atacou a base, alegadamente terá ligações com o Irão, o que aumenta exponencialmente a tensão na região, tendo Biden já ameaçado que vai haver retaliações, provavelmente contra o Irão, ou seja, qualquer resposta militar que der, será considerado como um escalar da guerra a toda a região, algo que neste momento parece ser inevitável, dado o apoio que os EUA estão a dar em material militar aos israelitas, que inclui helicópteros de ataque Apache e aviões F 35.

Biden, este fim de semana, já tinha retirado o apoio financeiro à agência da ONU que apoia os refugiados palestinianos, alegadamente por Israel ter acusado a agência, que 13 funcionários palestinianos, que nela trabalhavam, em cerca de treze mil, terem participado no ataque terrorista a Israel, posição que foi imediatamente seguida por alguns outros estados, e inclusive estados-membros da UE, de que a Alemanha é a mais relevante, colocando em risco o apoio humanitário em Gaza, e a toda a população civil, que é feito quase exclusivamente por essa agência.

Paradoxalmente este ataque, direto e indireto, à agência da ONU e à própria ONU que Israel despreza e desvaloriza há décadas, foi realizado após a leitura da recomendação do Tribunal Internacional de Justiça, com sede em Haia, que frisa que Israel deve cumprir as normas do Direito Humanitário da Guerra, para evitar que em futuro julgamento, que se fará após conclusão de todo o processo de investigação, pois a queixa da África do Sul nesse sentido foi considerada procedente, seja condenado por genocídio.

Enquanto os EUA apoiarem Israel, e Israel continuar este massacre sobre Gaza, parece-me que é inevitável que a guerra escalará a toda a região, com eventuais graves repercussões em todo o mundo.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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