Os Houthis do Yémen, pretensamente em apoio dos palestinianos de Gaza, mas na prática efetuando ações terrorista, de acordo com o plano estratégico iraniano, cujo objetivo político traçado pelos seus dirigentes políticos e religiosos, visa tornar o Irão na potência regional mais relevante do Médio Oriente.
A justificação para a guerra justifica-se e insere-se indiretamente no quadro da luta religiosa dos islamistas xiitas contra os infiéis, ou seja, contra os não crentes, e concomitantemente contra os crentes de outras religiões, e inclusive contra os crentes da outra versão do islamismo os sunitas, com quem estes estão em luta desde a morte de Maomé.
Os xiitas Houthis têm conseguido com as suas ações terroristas, dificultado a passagem de grande parte dos navios comerciais que usam o Canal do Suez para chegar ao Mar Mediterrâneo, conseguindo dessa forma “castigar “ as economias da maior parte do Ocidente, e do próprio Egito que perdeu grande parte da receita que cobra aos navios que atravessam o Mar Vermelho.
Esta semana os Houthis acertaram com um míssil num navio petroleiro de pavilhão grego, cuja tripulação abandonou o navio, que se encontra atualmente à deriva, carregado com 180 000 barris de crude, que está prestes a ser derramado por todo o Mar Vermelho, pela costa da Arábia Saudita, e do Egito que a acontecer terá consequências ambientais devastadoras por toda a região, que se prolongarão por dezenas de anos.
Nuno pereira da Silva
Coronel na Reforma
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