Só há excedentes orçamentais porque não gastamos o acordado com a Defesa Nacional.
Para haver excedente orçamental não é necessário muito, basta sobre orçamentar ou orçamentar coisas que não se irão realizar, uma verificação à posteriori que nunca vi ninguém fazer no final do ano, embora saiba que as premissas que enunciei normalmente se fazem quando se elabora um qualquer orçamento.
Se ordenarem à administração pública que não se realizem concursos públicos nem aquisições a partir do mês de Setembro consegue-se também o mesmo efeito.
De qualquer forma nunca se falaria de excedente se despendêssemos efetivamente os 2% do PIB para a defesa, como nos comprometemos em Dales, devendo cerca de um quarto desse dinheiro para novas aquisições, dado que o que efetivamente gastamos é de cerca de 0,6 do Pib, tirando o que colocamos que respeita à GNR e outras contabilidades criativas, para dar os 1.5% que afirmamos gastar.
De qualquer forma se a NATO vier a exigir, conforme foi noticiado os 3% de gastos com a defesa, dificilmente teremos qualquer excedente orçamental, a não ser que consigamos biliar também os gastos da Proteção civil como sendo de defesa.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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