Van der Layen, em fim de mandato faz um discurso no Parlamento Europeu, onde para além reabrir a porta a uma possível reeleição para Presidente da Comissão Europeia, refere a necessidade da instituição se alargar, pelo menos aos países dos Balcãs.
As fronteiras físicas da Europa, como sabemos são diferentes das fronteiras políticas, e isso é algo incontornável devido ao facto se que parte da Federação Russa tem uma parte europeia.
A Europa em termos geográficos não passa de uma península, a que teimamos chamar continente, pois a Europa faz parte do Continente Asiático ou Euro-Asiático, para não ferirmos a tradição milenar da superioridade Eurocêntrica.
Em minha opinião, os últimos alargamentos a Leste para englobar os países saídos da cortina de ferro, por sugestão dos EUA foi muito apressada, pois nela entraram vários países que não cumpriam, nem cumprem, alguns dos critérios, como o de serem verdadeiras democracias, com respeito separação de poderes e garantindo a liberdade de imprensa.
Para além do referido alargar a Europa sem uma revisão do Tratado de Lisboa, será um desastre pois é impossível gerir a UE, quando o poder que se concentra no Conselho Europeu, aonde todos os Estados-membros têm direito de veto, o que impossibilita a tomada de decisões importantes.
Úrsula está a jogar pessoalmente em dois tabuleiros, pois parece querer assumir o cargo de Secretária-geral da NATO, e para o conseguir nada melhor do que enfraquecer a União Europeia, um dos objetivos de sempre dos EUA.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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