O Oriente Médio é um verdadeiro tabuleiro estratégico, onde Israel desenvolve uma política há décadas para fragmentar a Síria em zonas autônomas — curdos, drusos, alauítas — separadas pelo chamado Corredor de David. Esse corredor não é só uma linha geográfica, mas uma ferramenta para enfraquecer o controle central de Damasco e conter a influência de potências regionais como Turquia e Irã.
Ao mesmo tempo, projetos como o Canal Ben Gurion ilustram a busca por rotas alternativas comerciais e estratégicas, reduzindo a dependência de infraestruturas tradicionais como o Canal de Suez. Essa nova configuração territorial provoca respostas firmes da Turquia, que enfrenta o desafio de conter forças curdas aliadas a Israel, elevando a complexidade da segurança regional.
Entender essa dinâmica é essencial para líderes e profissionais que atuam em relações internacionais, geopolítica e comércio global. As fronteiras atuais são moldadas por estratégias silenciosas que influenciam mercados, investimentos e estabilidade regional.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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