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O ataque preemptivo de Israel no sul do Líbano

Foto: AJN

De acordo com a narrativa política Israelita houve na madrugada de dia 24 de agosto, um “preemptive attack” de Israel, com cerca de 100 aviões sobre  cerca de seiscentas prováveis posições, onde estariam localizados foguetes, drones ou mísseis do Hezbollah no sul do Líbano, antecipando-se a um provável ataque com estes sistemas sobre Israel. Este “preemptive attack” poderá não ter tido o sucesso desejado pois não evitou que o Hezbollah conseguisse, apesar dele lançar cerca de trezentos foguetes e mísseis sobre Israel. 

De acordo com a doutrina existe um “preemptive attack” ou ataque preemptivo, quando é desencadeada uma operação militar ou séries de operações para “preempt” um ataque inimigo.

E existem guerras preventivas, que são desencadeadas para evitar que  um futuro ou potencial inimigo adquira Capacidades Militares  suficientes para iniciar uma guerra contra nós.

Em português, contudo, os dois vocábulos preemptivo e preventivo têm o mesmo significado, neste sentido da frase, pois preemptivo pode ter outro significado, no entanto os militares usam o termo preemptivo pois os conceitos são distintos.

De acordo com a narrativa do Hezbollah, do ataque “preemptive” não resultaram baixas, ou se as houve, estas contrariamente ao procedimento normal estas não foram declaradas, bem como o ataque que efetuaram foi um sucesso tendo conseguido furar as defesas da cúpula de ferro israelita, pois os foguetes conseguiram focar a atenção dos radares, saturando a sua capacidade de aquisição de alvos, permitindo aos drones cumprir a missão para que estavam programados.

De acordo com a narrativa israelita o “preemptive atack” foi um sucesso e o ataque do Hezbollah não conseguiu atingir nenhum objetivo.

Em minha opinião, tanto uma narrativa como a outra não são totalmente verídicas, pois a realidade há-de-se situar algures no meio das duas narrativas.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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