Os EUA, liderando uma coligação com o Reino Unido e outros países presentes na Região do Golfo de Áden e Mar Vermelho, lançaram um ataque contra os Houthis do Iémen com o objetivo de impedir que esta tribo árabe continuasse a ameaçar a livre circulação de navios mercantes civis, que usam o Canal do Suez para ligar o Oriente ao Ocidente, e que estavam a ser atacados por esta tribo árabe xiita que controla a entrada no Mar Vermelho.
Este ataque, na sequência dum ataque em Djibouti, a um navio francês que estava aportado ao lado sum navio dos EUA no início do ano, desta vez foi lançado no seguimento duma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que o legitimou em termos de Direito Internacional, resolução que teve o apoio do Reino Unido, da França e dos EUA, e na qual a China e a Rússia se abstiveram, pois os interesses das 5 potências desta vez era convergente, por estar em causa a livre circulação de navios responsáveis por cerca de 15% do comércio mundial, sobretudo de produtos petrolíferos, algo que os afetava a todos, o que mais uma vez prova que os interesses são o que comanda as relações entre os estados, e que pelo facto dos interesses, neste caso serem convergentes, não há o perigo duma grande escalada na guerra, pelo menos a nível global.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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