Hoje só poderia escrever sobre o que se passou nos EUA, no assalto ao Capitólio em Washington D. C., por parte dos apoiantes de Donald Trump, que passou em direto em todas as televisões americanas.
Ver este incidente de longe e pela TV, parecia-me que se estava a iniciar uma revolução nos EUA, incitada por Trump e pelos seus apoiantes, por não acreditarem no resultado dumas eleições presidenciais que, lhe foram adversas.
Nunca consegui perceber a eleição de Trump, um indivíduo que sempre me pareceu ter graves perturbações psíquicas e que, por esse facto, desestabilizou os EUA e teve uma influência perversa em todo o mundo, nomeadamente na ascensão dos partidos nacionalistas de extrema- direita que, nele se reviram e que, ele direta ou indiretamente apoiava.
Espero que, nestes treze dias que faltam para terminar o seu mandato presidencial, não hajam mais rebeliões perigosas para a democracia nos EUA, e que no contexto internacional, Trump não tenha tempo de vir a perturbar a paz mundial, lançando a título de exemplo um ataque desesperado ao Irão.
Depois da magistral lição de história política que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa deu a André Ventura, no debate que travaram na SIC, acerca da proposta de revisão constitucional do CHEGA, relativo aos perigos que, a assunção dum sistema presidencialista em Portugal, poderia vir a acarretar para o fim da nossa democracia pluripartidária, o exemplo dos últimos, perturbados períodos, que estão a acontecer nos EUA, vêm a dar-lhe completa razão.
Parece-me que a extrema-direita europeia vai ficar muito enfraquecida, após a saída do Trump da Casa Branca que, indiretamente apoiava com o fim de enfraquecer a União Europeia.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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