Arcos aéreos, cabelos a suportar corpos suspensos, fios de arame, acrobacias em duo e trio, equilíbrios sobre a cabeça, contra-pesos e muitas outras ousadias. Foi com este repertório de destreza e imaginação que a Companhia Les P’tits Brasabriu o Festival Sete Sóis Sete Luas, ontem em Mafra.
Na sua mais recente criação, “Mon RoYaume”, três artistas de exceção levaram o público a sair da “gaiola” e a entrar no universo mágico do novo espetáculo. Entre a estrutura circular de inspiração “art nouveau”, o humor de palhaço e uma sucessão de acrobacias em suspensão e no solo, construiu-se uma hora de pura emoção.
Foi uma viagem onde a técnica se confundiu com a poesia, o riso se cruzou com o espanto e a plateia se deixou conquistar pelo virtuosismo e pela entrega dos artistas. Trapézios, equilíbrios, quedas suspensas e jogos de corpo transformaram Mafra num palco de sonho.
O público saiu com a alma derrubada e o coração leve — tal como só o circo contemporâneo, na sua forma mais criativa, consegue fazer.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto

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