Portugal necessita urgentemente de mais investimento em meios militares, para a defesa do país aquém e além fronteiras, pois esta hoje faz-se, por exemplo no Mali e em todo o Shael, a sul do Saara, para pacificar a região, evitar que sejam cometidos genocídios, que haja refugiados, que haja tráfico de seres humanos e de droga, em suma que as redes de terrorismo e de crime organizado, sejam paradas e combatidas na vizinhança da Europa e que a ela não cheguem, sendo que os países nossos vizinhos e os vizinhos dos nossos vizinhos, uma das nossas áreas de preocupação, nacional e europeia.
Para além da nossa vizinhança ao estarmos integrados na UE e sobretudo na NATO, alianças em que depositamos a responsabilidade de nos ajudarem a defender o nosso território, solo pátrio, em caso de necessidade, temos de fazer o mesmo quando a segurança e defesa dos outros aliados estão em risco, de acordo com o lema de um por todos todos por um.
Claro que o que planearmos adquirir em material militar, demora anos a executar, a chegar às māos do destinatário, pois a título de exemplo os aviões de transporte militar, que vão substituir os C130, atualmente impedidos de voar nos céus da UE por questões de segurança, foram encomendados há cerca de dez anos, e teve como contra-partidas económicas e tecnológicas para Portugal, a obrigatoriedade da empresa de comprar e viabilizar as nossas OGMA, oficinas de manutenção, de se terem criado novas fábricas de componentes para aviões em Évora e de termos participado na investigação e desenvolvimento do aviāo, com equipas de engenheiros e Centros de Investigação Universitários, no desenvolvimento da aeronave, que ainda está em testes operacionais.
Para além disso os aviões de transporte militar, helicópteros, navios, e vários outros materiais militares a adquirir para o futuro, pode e deve ter duplo uso, civil e militar, algo essencial num país de parcos recursos materiais.
O facto de nāo adquirirmos material militar e não investirmos uma maior percentagem do nosso PIB nesses investimentos, que no orçamento do corrente ano é de uns míseros 0,8%, levar-nos-á ao zero militar a curto/médio-prazo.
O Presidente da República, no discurso do 25 de abril, limitou-se a constatar que o rei vai nu!
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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