Netanyahu armou um grupo terrorista do ISIS, para o ajudar a combater o Hamas na faixa de Gaza, algo que a curto-prazo o poderá ajudar na sua luta de morte contra o grupo que declarou como alvo a abater após o 7 de outubro.
Esta forma de combater grupos terroristas com outros é uma forma que a médio-longo prazo se volta contra quem os contratou, ou mesmo incentivou a sua génese, armando-os e formando-os numa luta conjuntural contra um determinado inimigo.
Os EUA apoiaram ainda que de uma forma indireta o Al-Qaeda, pois em conjunto com o Paquistão fomentaram a presença de grupos jihadistas na região, grupo que veio a lutar ao lado dos Mujahidin, o grupo étnico a que se aliaram diretamente e armaram, para que estes combatessem contra a URSS no Afeganistão.
O Al Qaeda é o grupo terrorista de que infelizmente conhecemos a história, que foi responsável pelo 11 de setembro, o dia mais negro da história dos EUA, que mais tarde deu origem ao ISIS.
O próprio governo de Israel , “in ilo tempore” , armou o Hamas para combater a OLP de Arafat, Hamas esse que hoje se armou contra Israel.
Repetir a mesma receita só porque sim, não faz sentido. Enfim, mais um erro-crasso que virá a agravar mais o problema do conflito israelo-palestiniano, ao introduzir no seu um grupo terrorista jihadista radical.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Adicionar comentário