Geral Opinião

Macron quer ainda formar uma coligação governamental  para França, embora improvável

As eleições em França foram uma vitória da geringonça da esquerda, só que ao contrário da nossa geringonça, o Partido Socialista Francês não é o partido maioritário dentro da mesma, ou seja, o partido maioritário é o partido irmão do nosso Bloco de Esquerda, a França insubmissa liderada por Mélenchon, o que na prática poderá levar o país a assumir uma política não muito diferente da da extrema-direita de Le Pen, pois é também um partido populista e nacionalista, euro céptico, caso venha a assumir o poder.

Esperemos que possa vir a haver uma solução governativa diferente, caso os partidos dessa frente formada de uma forma “ad hoc” muito frágil, constituída só para ganhar as eleições, se desagregue pois nada liga, por exemplo o PSF, em termos ideológicos à França insubmissa.

Pode ser que Macron ainda consiga tirar um “coelho da cartola”, quando voltar da cimeira da NATO em Washington, e consiga ainda formar um governo com alguma estabilidade, com acordos parlamentares, ou de governo, com outros partidos menos extremistas da coligação vencedora, e ou com alguns Gaullistas, que não apoiaram Marine le Pen, ou seja, ainda pode haver esperança para a  França e para a União Europeia, pois a França é um dos motores da mesma uniāo.

Veremos…

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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