A reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas é um tema recorrente na Política Internacional, dado que este já parece não corresponder ao atual paradigma da mesma, pois reflete o paradigma resultante do final da ll Guerra Mundial, pois todas as potências vencedoras têm lá assento permanente com direito de veto, facto que tem na maioria dos casos inviabilizado que cumpra o seu papel de dirimir conflitos e evitar que haja guerras no planeta.
O Brasil há anos que tenta e que faz campanha para ser admitido como um novo país no Conselho de Segurança da ONU, tendo esta pretensão sido assumida por Lula da Silva, na sua deslocação a Angola na semana, que antecedeu a reuniāo da CPLP que está a decorrer em São Tomé e Príncipe, que muito se tem batido para que o seu país tenha uma voz mais ativa no concerto das nações.
A afirmação do Brasil nos BRICS é mais um fórum onde o Brasil se tenta afirmar, em minha opinião, não por convicção ideológica, mas como forma de exprimir o seu anti-americanismo, surto de algumas políticas erradas dos norte-americanos na América do Sul.
É de admitir que a composição do Conselho de Segurança da ONU possa ser alterada, podendo admitir um país por continente, uma Organização Regional por Continente, enfim, há várias soluções, no entanto todas elas terão de ter a concordância dos cinco magníficos, algo que não prevejo que possa acontecer a curto nem a médio-prazo, pois em Política Internacional nunca se deve dizer nunca, pois corremos o risco de sermos desmentidos.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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