Antes de Trump tomar posse, Biden, por fim decide autorizar o uso de armas de longo raio de ação, no interior do território russo.
Esta autorização tardia, não vai miraculosamente virar o curso da guerra, mas pode permitir aos ucranianos conseguirem manter a região de Kursk, que os russos querem reconquistar a todo o custo, antes do início de qualquer processo negocial para almejar a paz.
Kursk é a moeda de troca que numas negociações de paz, pode ser relevante para a Ucrânia poder reverter algum território já conquistado, nas quatro regiōes que a Rússia, formalmente anexou, muito embora as não tenha conseguido conquistar na totalidade.
As armas concomitantemente podem atrasar, ainda mais, a já lenta progressão russa no Dombass, que teima em não cair completamente, apesar das inúmeras tentativas russas, que só têm conseguido ultimamente algumas conquistas de nível tático.
Ninguém já fala que a Ucrânia pode ganhar a guerra, no entanto, é preciso que não a perca totalmente no terreno, e que leve um trunfo para a mesa de negociações, e o trunfo é a região de Kursk.
É minha convicção é de que a Rússia não vai escalar o conflito para o patamar nuclear, porque a dissuasão nuclear, tem funcionado, ademais porque um conflito convencional só deve ser combatido com armas convencionais. pois como já me tenho pronunciado ultimamente, atualmente o facto de determinado estado possuir armamento nuclear, já deixou de ser uma garantia de que não poderá ser atacado, pois estas só serão utilizadas, como resposta a um ataque nuclear.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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