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Israel versus Hamas, último round de um genocídio?

Imagino a vida dum Palestiniano a viver no inferno de Gaza desde o início da guerra, despojado de tudo, inclusive da sua dignidade humana, entre dois fogos, os fogos dos israelitas e do Hamas, esperando que o massacre acabe, que haja humanidade, enfim, esperando a morte, que talvez, nalguns casos seja libertadora.

A última ofensiva de Israel, que está a decorrer ao fim de um cerco desumano, que se iniciou em março de 2025, é algo de inacreditável, dada a violência das imagens que vão saindo para o mundo através da Al Jazeera, do Qatar, que tem os únicos jornalistas presentes no território, e que por mandarem imagens de dentro do mesmo , e nele fazerem reportagens em direto, têm sido alvo de ataques seletivos e com grande precisão, com a finalidade de os calar, tendo já sido ”assassinados” cerca de duzentos e trinta

A Al Jazeera do Qatar, e o próprio Qatar têm sido fundamentais neste conflito, quer na denúncia da sua brutalidade, quer na procura da paz, papel charneira que neste e noutros conflitos tem sido determinante.

Os crimes hediondos sobre civis nesta guerra contra o Hamas, que no início era uma guerra justa, pois iniciou-se na sequência dum ataque terrorista, com o passar dos tempos tornou-se numa guerra injusta, sobre o ponto de vista ético e moral, num verdadeiro genocídio.

O povo Judeu que na sua história foi perseguido, conforme descrito na Bíblia, e posteriormente pela inquisição, e pelos nazis, passou de vítima a Algoz .

Enfim, não percebo como é que a Europa dos valores e da ética, ainda não condenou Israel e ainda não impôs sanções ao atual governo israelita, tal como fez ao regime russo de Putin.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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