Quando estive em Israel, logo após a morte de Rabin, visitei uma base da Força Aérea de Israel, situada no norte do país, e após visitar a parte operacional, levaram-me a ver um filme gravado num “raid“ aéreo sobre o Irão, que mostrava um ataque que tinham efetuado, com sucesso, às Instalações nucleares do Irão, onde estes estavam a Investigar e desenvolver o processo de enriquecimento de urânio, bem como a tecnologia necessária para construir uma arma nuclear.
O objetivo estratégico de Israel de impedir que o Irão desenvolva uma arma nuclear, e que a consiga colocar em ogivas para serem transportadas com os mísseis balísticos, que entretanto já desenvolveram e testaram com eficácia, é um objetivo perene no tempo e independente dos governos de Israel, razão pela qual, em minha opinião, Israel vai efetuar a sua resposta ao ataque de mísseis de ontem, sobre as instalações nucleares iranianas, pois não querem que nenhum país na região as adquira, muito menos o seu figadal inimigo.
Entretanto Israel bombardeia intensamente Beirute, que se me não engano, está muito longe da faixa do sul do Líbano, que querem desmilitarizar de acordo com uma resolução da ONU posterior à última guerra do Líbano. Enfim, narrativas para justificar um ataque que têm planeado pacientemente desde 2006.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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