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Israel no banco dos réus no STJ por crime de genocídio

Foto: Sputnik Brasil

A África do Sul apresentou queixa no Supremo Tribunal internacional contra Israel, por este país estar alegadamente a cometer um crime de genocídio, contra os palestinianos em Gaza, tendo o referido Tribunal, por esse motivo hoje dado início ao julgamento.

A África do Sul tem sido sempre apoiante dos palestinianos e da sua causa, por considerar que estes, à semelhança dos negros do seu país durante o regime do “apartheid”, também são vítimas do mesmo tipo de segregação racial em Israel e nos territórios ocupados, que estes sofreram durante décadas, senão séculos.

Não deixa de ser um paradoxo, o facto dos israelitas estarem a ser julgados por um crime, que foi tipificado como tal na sequência do holocausto e do genocídio que os nazis infligiram ao povo Judeu.

A África do Sul, para além do motivo apresentado, é também um país do sul, que integra os BRICS, o bloco que se opõem ao designado Ocidente alargado, pelo que esta ação apresentada no STJ, poderá ser analisada de uma forma mais lata, como uma estratégia, para cumprir um objetivo político do referido bloco na sua disputa com este na nova Ordem Mundial.

Veremos qual será a decisão do STJ acerca do alegado crime de genocídio cometido por Israel contra os palestinianos de Gaza, mas se esta der razão à África do Sul, o Primeiro-ministro de Israel, no final desta guerra, que mesmo que ganhe, corre o risco de deixar o governo do seu país, e imediatamente ser julgado por corrupção internamente e e por genocídio no STJ.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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