Janeiro de 2022 deverá estar entre os três mais secos dos últimos 20 anos, adianta o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) considerou que é “muito provável” que a seca meteorológica se agrave em Portugal continental durante Fevereiro, assinalando que piorou durante o mês de Janeiro.
Num boletim divulgado esta quinta-feira, dia 27 de Janeiro, o IPMA indica que a seca que começou em Novembro passado “mantém-se e agravou-se à data de 25 de Janeiro“: 54% do território está em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema.
A curto prazo, o IPMA não prevê que haja chuva significativa até 3 de Fevereiro, por isso “será muito provável o agravamento da situação de seca meteorológica no final de Fevereiro, em todo o território do continente”.
Para “diminuir significativamente” ou acabar com a seca seria preciso que no Norte e Centro do país chovesse mais do que 200 a 250 milímetros e no sul mais de 150 milímetros, algo que “somente ocorre em 20% dos anos”.
O grau de severidade da seca meteorológica é ligeiramente inferior quando o comparamos com a situação no final de janeiro de 2005 (a seca mais intensa desde 2000), onde todo o território se encontrava em seca, mas com uma maior percentagem nas classes de seca severa e extrema (22 por cento em seca extrema, 53 por cento em seca severa e 25 por cento em seca moderada).
Todos os meses desde Outubro passado têm sido “muito secos” e apenas choveu 45% da média de precipitação para o mesmo período entre 1971 e 2000.
Entre 1 e 25 de Janeiro choveu um quarto do que essa média e o mês está a caminho de se tornar um dos “três Janeiros mais secos dos últimos anos”.
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