Quando não existe falta de educação, a competição ou a concorrência é sempre salutar e óptima para os consumidores que somos todos nós.
Nos Media locais existe concorrência desde que todos ataquem os mesmos hipotéticos anunciantes. O anunciante, sendo o mesmo e terá de decidir “a ajuda” que dá, pois não vê a publicidade como investimento, mas sim como realce condicionado a um pagamento “de colaborar com a ideia” e simultâneamente usufruir de um lugar de algum prestigio. Vender ainda não é uma meta.
Depois a fila de “pedintes” batendo na mesma porta, é para festas, para a festa de 17 em 17 anos, é para a Festa anual, é para a Festa de 5 em 5 anos, é para o futebol, é para a patinagem, é para ajudar a operação de uma criança, é para ajudar as obras da igreja, é para ajudar tudo e mais alguma coisa…
Sem melindre é esta a normal conquista de um anuncio. Tanto para a rádio, para a TV e para os jornais na Net e nas edições em papel.
Na internet, existe a condição a pagar para possuir um Site e aí poderá colocar o que quiser com publicidade paga, e poderá obter, por enquanto, uma interligação ao Facebook. Sendo um espaço pago, quanto mais pesado (mais imagens e vídeos) mais paga. Logo, acumula despesas de direitos de autor, licenças da ERC , construção do Site e constantes actualizações.
As páginas do Facebook por enquanto são gratuitas e em principio não devem ter publicidade, os anúncios são pagos à entidade proprietária.
A Net ainda tem entraves, mas conquistar num apontamento cerca de 100000 leitores é fácil…e acontece diariamente…nas edições em papel, têm outro atractivo, guardam-se, a familia toda vê, quando quer e quando dá jeito, mostra-se, e sobretudo revê-se muito mais tarde.
A rádio ouve, quem ouviu e desaparece, pode até dizer-se algo gramaticalmente errado, mas passou o instante…o ouvinte nem deu por ela…e para repetir só gravando. Ganha na rapidez da reportagem directa.
Em papel, as publicações existentes, são de dois grupos importantes as grátis e as vendidas. Ninguém dá valor às publicações gratuitas, é de ler e deitar fora. Mas existem e valem o que valem. Existem boas e más como em tudo na vida.
Da rádio, no nosso concelho, existe apenas uma emissora, em cooperativa formada, de cariz profissional, com o mesmo tipo de problemas na angariação de publicidade como único suporte da sua existência. Pode haver uma ajuda especial, mas sem exemplo. Devia de existir e sem vergonha, um apoio verdadeiro com contrapartidas iguais para todos os Media.
Com poucas possibilidades de comparação, apenas a internet fornece estatisticas que também são discutiveis. Os Sites têm a sua própria estatistica, pagando, e o Facebook ao minuto estabelece dados comparativos. Pode-se ainda pagar para conquistar “gostos”…
Enfim, o que custa são os arrivistas embandeirarem e apregoarem que são os maiores e conquistaram um lugar ao sol …quando andamos por cá há tantos anos, a ver aparecer e a morrer, tantos projectos e alguns muito bons…com os nosso problemas sempre em luta, mas provando que vamos fazendo o que NUNCA se fez por cá, e propondo sempre união, mesmo sem nunca sermos ouvidos…
O Saloio é uma página coligida pelo conhecido jornalista mafrense Mestre Alcides que colaborou activamente em jornais locais nomeadamente no Carrilhão, e agora reformado, dedica-se à sua página no Facebook que não publica exclusivamente noticias, mas sim tal almanaque, fait-divers, desde anedotas
Eis a estatística de hoje dia 27 de Novembro, 10h00, em que os três “concorrentes” em “gostos” dois vão à frente de O ERICEIRA e estão atrás… em todas as outras rubricas, qual o melhor?
a passatempos, angariando um numero sedutor de “gostos” que atinge neste momento os 12100. Já parabenizámos o Mestre Alcides por este facto.
Tudo faz falta… desde que haja um mínimo de dignidade e de utilidade.
Gostávamos, e trabalhamos para isso, para conquistar jovens para o nosso quadro, e iniciarmos um programa de formação e de vários projectos em video, para serem comercializados, rentabilizando o material existente e possibilitando profissionalizar uma equipa, quiçá vinda das escolas locais, tarefa hérculea sem a colaboração e total ausência de incentivos de grandes empresas ou Instituições que deveriam ter todo o interesse nestas iniciativas.
Já assinámos protocolos com Escolas mas até agora …nada!
Andarmos a carregar com cerca de 60Kg ( tripés, camara, som, gravadores, microfones, baterias) a fazer reportagens , perdermos horas em estúdio na montagem, e por vezes ver alguém a ser pago pelo mesmo trabalho para o qual foi requisitado, e nem sequer agradecem, sem estímulos merecerá a pena?
Concluindo : Sem jornais, sem televisão e rádio capazes, não haverá arquivo do que aconteceu no passado e no presente. Sem documentação nunca se fará história.
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