Festivais

Festivais e outras coisas mais

O futuro da Ericeira, e praticamente em tudo, está apenas numa palavra - União.

SÓ FALTAM

4 dias, para o Festival do Polvo.

Este Festival podia, e ainda irá ser, muito maior, com a colaboração de todos os interessados.
Pois há muita coisa a fazer na restauração da Ericeira, no serviço e na inovação e também na receita para captar mais turismo. Tudo começou  numa rua com meia dúzia de restaurantes, depois alguns bares…depois as queixas de não terem sido convidados. Alargou-se o leque. Já ultrapassa as três dezenas, mas há quem queira sempre dizer mal, e mesmo a serem convidados pessoalmente, ainda duvidam que o interesse é apenas deles.
Terá sempre de haver excepções para confirmar a regra, aprende-se na matemática.

Há muito para fazer em próximas edições, por exemplo: – Instituir um prémio para o melhor prato, confecção e sabor; O melhor serviço de mesa; O melhor acolhimento; E a melhor inovação dentro do tradicional cozinhado.

Uma Universidade já se ofereceu para colaborar em aspectos técnicos interessantes.

São tudo soluções que carecem de dinheiro e muita gente a colaborar, novos sponsors, mais espaços, júris, além de animação de ruas, e importante e naturalmente promoção nacional.

E convém esclarecer que, a restauração, neste Festival nada paga, ou investe, salvo na sua própria promoção se assim o entenderem. Mesmo aqueles que não participam, nada iriam pagar – zero.

Não é por falta de capital ou por acharem caro a participação. Não. É apenas por não querer, e teremos de respeitar as opções de cada um. Cada qual manda e mandará sempre na sua casa.

Estes não poderão fazer, nunca mais, é desabafar que nada se faz pela terra – o que se ouve de vez em quando muita gente falar.

Os restaurantes participantes estão fortemente motivados e vão surpreender com as especialidades apresentadas caprichadamente realizadas.

A necessária Associação de comerciantes da Ericeira tarda em ser uma realidade. A união é tão importante, e cada vez mais, um decisivo passo na concretização de ambiciosas metas para a Vila da Ericeira e do Concelho.

Há vontade do executivo camarário, mas os mais interessados, os que lucram (e não pouco) não se mexem.

Desde logo, escolas de formação hoteleira e soluções para alojar gente profissional para trabalhar aqui, têm de ser estudadas em consenso colectivo.

Esta iniciativa mostra claramente que todos os restaurantes em união podem e têm muito a lucrar. É um sucesso de adesão do público que se organiza em familia, e amigos para visitarem a Vila da Ericeira e provarem os petiscos de polvo. E todos os outros agentes económicos também só lucram com essa união. Não podem ficar de fora.

Quanto mais turismo, mais comércio existe, todavia, ainda muitos restaurantes optam por uma batalha solitária convencidos que não precisam de ninguém. Nada precisam, nem quem lute por eles, ganharam um estatuto de “orgulhosamente sós”, como no tempo da outra senhora.

Podem ter a casa cheia hoje, já se esqueceram como era o inverno e pensam que tudo de mau já passou e não interessa qualquer tipo de associação. Festivais e coisas que tais, passam ao lado, e só entram se for o presidente da república ou o Papa a convidar pessoalmente.

Assim vai o pensamento e o ego de muitas pessoas, mesmo pessoas boas, que mal aconselhadas, ou porque não têm tempo para pensar, imaginam que o sol, os clientes, e as marés, os verões e invernos, é, e será tudo igual e sempre a mesma coisa.

O problema é que de um dia, para o outro, tudo muda. Guerras, terrorismo, crises pequenas e grandes, a estradas e acessos, obras novas, novas ruas, novos hábitos…

Está tudo a evoluir. A autoestrada não seria construída senão houvesse vontade. O surf não mudaria a Ericeira senão houvesse vontade e muita gente unida.

Os restaurantes e os apoios ao turismo senão houver vontade em mudar para a alta qualidade no serviço, na comodidade oferecida e no saber receber colectivo, bem todos podem mudar de vida e conquistar um “novo oficio” pois terão um final triste e pouco recomendável.

O futuro da Ericeira, e praticamente em tudo, está apenas numa palavra – União.

 

Uma opinião de Helder Martins