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Feira de Arte Lusófona inaugura em Mafra com 64 obras e missão solidária pela Ilha de Moçambique

No próximo domingo, dia 16, às 16h00, será inaugurada no Real Palácio Nacional de Mafra a Primeira Feira de Arte Lusófona. A mostra reúne 64 obras de grandes artistas provenientes de toda a lusofonia, expostas na área visitável da Escola das Armas, no Real Edifício de Mafra.

A iniciativa é promovida pela Ajuda Fraterna à Ilha de Moçambique (AFIM – muitipiti), associação dedicada ao apoio aos mais pobres e à reabilitação do património histórico e cultural da Ilha de Moçambique, Património Mundial da Humanidade, tal como o próprio monumento de Mafra.

Sem estar integrada em qualquer programa oficial, esta feira pretende celebrar através da arte contemporânea o diálogo intercultural entre os países lusófonos. Evoca simbolicamente o chamado espaço do Quinto Império, não como designação do local, mas como imagem da epopeia portuguesa e do encontro com outros povos que, três séculos depois e hoje independentes, continuam a partilhar profundos laços culturais.

A escolha da Escola das Armas tem um significado histórico muito particular, pois foi dali que partiram algumas unidades militares que participaram no movimento do 25 de Abril. Essa ação permitiu o fim da guerra colonial e abriu caminho à independência das atuais nações lusófonas. O edifício, símbolo da história militar e da formação cívica, acolhe agora a arte e a fraternidade num mesmo gesto de encontro e memória.

Todos os artistas participantes oferecem uma obra para ser leiloada a favor da AFIM. As receitas revertem em benefício das ações humanitárias e de reabilitação patrimonial na Ilha de Moçambique.

A Feira de Arte Lusófona assinala o início de uma semana solidária que culminará no dia 22 de novembro, às 16h00, com um grande concerto da Banda Sinfónica da PSP e do Coro de Santo Amaro de Oeiras, também no Palácio Nacional de Mafra. A exposição permanecerá aberta ao público durante mais sete dias após o concerto.

Sessenta e quatro obras, mais do que isso ninguém vê. É o número certo para sentir a alma da lusofonia e fazer o bem com a arte. A cultura é aquilo que nos une mais do que o que nos separa, afirma o Coronel Nuno Pereira da Silva, Presidente do Conselho Fiscal da AFIM e responsável pela angariação de fundos para a organização.

A entrada na exposição e no concerto é gratuita. Convidamos toda a população a visitar este evento. No final da exposição haverá uma caixa à saída para quem, voluntariamente, quiser deixar um donativo em favor da Ajuda Fraterna à Ilha de Moçambique.

Com esta ação, a AFIM procura unir arte, fraternidade e património, reforçando a ideia de que a cultura é o verdadeiro elo que continua a ligar as nações de língua portuguesa.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma