O Largo do Pelourinho, na Ericeira, transformou-se numa verdadeira casa de fados ao ar livre, numa noite em que a tradição se fez ouvir com alma.
Acompanhados pela guitarra de João Serra e Moura e pela viola de António Oliveira, as vozes de Claudina Silva, Isabel Oliveira, Júlio Lopes, Manuel Chuva e Rui Pinheiro deram corpo a uma noite memorável.
Apesar de não ser “entendido” no género, não deixei de admirar o empenho dos intérpretes, a entrega sentida em cada verso e a capacidade de improviso sempre que o inesperado surgia.
Notável também o silêncio cúmplice do público, respeitoso e atento, mesmo sendo um espetáculo ao ar livre.
Foi mais do que um concerto: foi a demonstração de como o fado pode ser também bandeira de identidade e orgulho da Ericeira, ecoando pelas pedras do antigo Pelourinho como expressão viva da nossa cultura.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto

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