Imaginem uma banda, um piano, um baixo, uma percussão. Depois juntem um acordeão , uma grande voz e uma guitarra portuguesa, o resultado é uma profusão de sonoridades e sentimentos que envolve quem assiste ao espetáculo dos Fado D’Alma.
Correndo o risco de ser grosseiro e pouco preciso, atrevo-me a classificar os Fado D’Alma como uma banda de covers onde o objeto principal é o fado, mas não se limita a isso dando uma vida nova a cada tema, enriquecendo os originais com coragem pois a maioria deles são grandes clássicos.
A banda é composta por Telma Botelho (voz), Fernando May (guitarras), Nuno Trogeira (baixo e contrabaixo), Marcelo Lopes (bateria e percussão), Rogério Nunes (piano) e Bianca Luz (acordeão).
Os Fado D’Alma transportam o público numa viagem pelos sons e sentimentos do património mundial do Fado, explorando diferentes sonoridades, criando novas sensações e emoções nos seus ouvintes, juntando as raízes profundas do fado com sonoridades mais recentes.
Do alinhamento apresentado fizeram parte grandes clássicos de Amália Rodrigues, Mariza, Ana Moura, entre outros, bem como composições originais de Fado d’Alma.
Mais uma vez, o Auditório Beatriz Costa não encheu. Por vezes acusamos governantes, dirigentes, autarcas e outros responsáveis pela falta de apoio à cultura, mas muitas vezes ficamos apenas à espera que a cultura nos entre pela televisão de nossas casas. Os artistas e outros agentes culturais precisam de público para levarem a cabo a sua missão, um pouco mais de apoio e reconhecimento por parte das populações seria reconfortante para os que se esforçam por manter a cultura viva.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto
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