“Eu gosto é do Verão
De passearmos de prancha na mão.
Saltarmos e rirmos na praia
De nadar e apanhar um escaldão.
E ao fim do dia, bem abraçados
A ver o pôr-do-Sol
Patrocinado por uma bebida qualquer.”
(Fúria do Açúcar)
Este fim-de-semana, com o fim do estado de emergência e a onda de calor que atingiu Portugal, temeu-se o excesso, temeu-se que após semanas de clausura, a população entrasse em êxtase e abusasse do desconfinamento progressivo.
Na realidade, não saí do concelho de Mafra, aliás nem sequer fui mais longe do que o espaço compreendido entre a Ericeira e o Sobreiro.
O que vimos, foram algumas pessoas a darem pequenos passeios, algumas compras e pouco mais. Sinal que estamos conscientes de que nada está ganho.
Vimos o António, que está em tele-trabalho a dar uma volta de Vespa para arejar a mente, as praias vazias, as capelas isoladas, o pescador que aproveita para fazer a manutenção do seu barco, e no supermercado a senhora das flores tinha um “ajuntamento” devido ao dia da mãe.
Virámos para a restauração e fomos ver o esforço dos comerciantes locais para sobreviverem a este “holocausto” nos seus negócios.
Vimos vontade de lutar, vimos no Sobreiro o restaurante Rossi com o take-away de pizzas e o Cozido à Portuguesa servido ao domingos pela Churrasqueira do Sobreiro, nas versões take-away e entrega ao domicílio.
Descendo para o Seixal, os irmãos do restaurante Pirolito, em esforço de adaptação, tinham este domingo na sua ementa em versão “coma em casa”, a Massada de Cação ou o bom peixe da Ericeira na grelha.
Antes de voltar ao confinamento, fomos ainda á Ericeira e visitámos a Tasquinha do Joy e sua família, com a sua oferta de caracóis, naturalmente na versão “coma quentinho em casa”
Estes são apenas alguns exemplos, tentaremos visitar mais, de gente boa que não atira a toalha ao chão e faz seu o lema “Reagir, nunca Desistir”.
Força a todos para vencermos as batalhas que ainda nos faltam travar na Terra do Monstro e voltarmos a cantar a canção “Eu gosto é do Verão”.
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