Esta semana na CPLP foi apresentada a Câmara de Comércio e Indústria dos Países Lusófonos e das Diásporas, que como qualquer Câmara do género, o seu objetivo último é facilitar o comércio e as relações Industriais entre os seus associados, duma forma muito abrangente, integrando os serviços, de que destacamos, a cultura, e a indústria do turismo, estimulando as relações de cooperação comerciais e industriais, enfim um novo veículo para estimular e catalisar um vasto leque de relações comerciais, unívocas e biunívocas, e de cooperação, que serão certamente importantes no desenvolvimento das suas empresas associadas, e dos países onde estas se implementam.
As Câmaras de Comércio também são, normalmente, importantes redes de contatos, e de “lobbies” , mais institucionalizados perante as Organizações Multilaterais, as embaixadas bilaterais nacionais e os governos , permitindo facilitar negócios.
Esta Câmara de Comércio, em particular, é muito interessante pois está também, de acordo com o seu nome, vocacionada para as diásporas dos vários países lusófonos espalhados pelo mundo , que são normalmente dinâmicas, e que serão por si só importantes para ajudar a cumprir a sua missão, atendendo a que a língua e a cultura comuns, facilitam a entrada de negócios nos países onde estas se integram.
A título de exemplo refiro duas comunidades que na diáspora são muito relevantes as comunidades judaicas e Irlandesas que dada a sua influência conseguem influenciar decisivamente as diversas administrações dos dos EUA a favor dos seus países, tendo a título de exemplo a comunidade Irlandesa nos EUA assumido um papel central, na saída da Irlanda da crise económica de 2008, conseguindo este sair mais rapidamente da crise do défice excessivo, e consequentemente sair da situação de resgate em que se encontrava, sendo hoje a Irlanda novamente um país relevante na economia europeia.
Infelizmente vi poucos empresários no lançamento da Câmara, pelo que espero que eles a esta se juntem, pois só assim esta fará sentido, pois não são só os académicos, que integram a direção, que sem a massa empresarial, conseguirão sozinhos, levar a carta a Garcia. Realço que a Conferência de abertura da Câmara foi excelente.
Pela minha parte, uma vez que desde o início me contaram para pertencer à Câmara, tudo farei para dinamizar o mercado da arte contemporânea, setor a que ultimamente me dedico, afincadamente.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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