O Hospital Beatriz Ângelo, que serve a região de Loures e de Mafra/Ericeira, quando a sua administração era privada, nunca teve problemas como os que está ora a sentir, nomeadamente, ao nível de falta de médicos de ginecologia e obstetrícia, porque a sua gestão de pessoal médico e outros técnicos de saúde era mais flexível, não sendo obrigado a cumprir todas as regras de contratação pública, havendo mesmo casos em que os Diretores de Serviços, trabalhavam simultaneamente em outros hospitais e clínicas privadas, não deixando por esse motivo de prestar uma ótima assistência às populações, e com despesas comprovadamente menores que os seus congéneres de administração exclusivamente pública.
Esta obsessão ideológica, por parte deste governo, em tudo passar para o domínio público, acabando com as gestões privadas em Loures e em Braga, só leva à destruição do próprio Serviço Nacional de Saúde, pois não se terminam parcerias público-privadas que têm demonstrado maior eficiência e eficácia.
Complementando o que referi e, minha opinião, a saúde tem que ser vista como um sistema integrado, em que o serviço público, quer seja do Sistema Nacional de Saúde, quer seja de outros subsistemas, o privado e o serviço social devem estar preparados para poder fazer face às situações mais críticas em termos de saúde, que ocorram no país de uma forma holística e complementar, devendo inclusive haver capacidade instalada interoperacional em termos de redes de informação.
Em suma é necessário e urgente efetuar uma reforma do Serviço Nacional de Saúde, que tenha em vista resolver os problemas do país, e não insistir num serviço decrépito e falhado, por uma questão ideológica, que está desfasada da atual sociedade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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