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Dia Mundial Sem Tabaco: O vício que pode ser fatal

O tabagismo é hoje considerado pela Organização Mundial de Saúde uma grande epidemia, responsável por matar todos os ano quase 4,9 milhões de pessoas.

Composição do cigarro

“Mais de 50 das substâncias que compõem o fumo do tabaco estão relacionadas com o desenvolvimento de cancro”, explica o pneumologista Miguel Guimarães.

Existem cerca de 4700 substâncias químicas no fumo do cigarro. Além do tóxico monóxido de carbono e das cetonas com alto poder de irritabilidade, também se encontram no fumo hidrocarbonetos como o benzeno, polónio (substância radioativa) e até venenos como a arsénico e cianeto.

nicotina é o principal composto do cigarro e responsável principalmente por causar dependência em quem utiliza o produto, atuando principalmente no sistema nervoso central. Por causar dependência, essa substância faz com que o paciente sinta que não consegue ficar sem o cigarro, entretanto, todos são capazes.

monóxido de carbono, por sua vez, é um dos componentes mais perigosos que entram no seu corpo quando fuma. Esse gás transparente produzido durante a queima do composto assemelha-se ao fumo dos carros. Uma vez no organismo, ele diminui os níveis de oxigênio na corrente sanguínea.

Já o alcatrão é uma mistura complexa de vários compostos formados durante a queima do cigarro, sendo 40 deles considerados cancerígenos.

Outros químicos presentes na composição são, por exemplo, o chumbo, peróxido de nitrogênio, níquel e o ácido cianídrico.

As complicações e doenças associadas ao tabaco

É considerado o primeiro fator causal de doença, morte e incapacidade evitável nos países desenvolvidos, contribuindo para 6 das 8 primeiras causas de morte mundiais. São várias as complicações e doenças associadas ao tabagismo, entre as quais:

  • Cancro do pulmão e outros (nomeadamente cancro da mama, renal, cerebral, faringe, laringe, esófago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia);
  • Doenças cardiovasculares (nomeadamente angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses);
  • Dores de cabeça causadas pela inalação de monóxido de carbono;
  • Doenças do aparelho respiratório (nomeadamente enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infeções respiratórias);

E ainda…

  • Úlcera do aparelho digestivo;
  • Impotência sexual (homem);
  • Infertilidade e complicações na gravidez (mulher);
  • Menopausa precoce;
  • Osteoporose;
  • Catarata
  • entre outros

Estima-se que os fumadores adoecem com uma frequência duas vezes maior que os não fumantes.

Além de doenças mais graves, os fumadores apresentam vários sinais de risco no seu dia à dia como:

  • Envelhecimento precoce;
  • Dentes amarelados;
  • Cabelo opaco;
  • Pele mais enrugada;
  • Menor resistência física;
  • Pior desempenho em desportos e na vida sexual.

Um perigo para o fumador e para quem o rodeia…

As consequências do tabagismo não afetam apenas quem o consome, mas também quem está exposto ao seu fumo.

O fumo passivo, fumo em segunda mão ou fumo ambiental do tabaco consiste no conjunto entre o fumo resultante da combustão do tabaco e o fumo exalado pelo fumador. 

Fumar é involuntário quando a exposição ocorre como inevitável consequência de respirar num ambiente com fumo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, “o risco de Cancro do pulmão em não fumadores expostos ao fumo passivo é 20 a 30% superior em comparação com os não fumadores não expostos”.

Doenças em crianças que inalam o fumo do cigarro:

  • Infeções pulmonares;
  • Infeções do ouvido médio;
  • Asma;
  • Morte súbita do lactante (estatisticamente, sabe-se que o risco é maior quando os pais são fumadores, embora se desconheçam as causas).

Quer deixar de fumar?

o seu médico ou enfermeiro de família para o ajudar na cessação tabágica. O médico fará uma avaliação breve da motivação e da possível dependência nicotínica e dará a orientação mais adequada para definir o dia para deixar de fumar (dia D). Também o ajudará a preparar-se com um conjunto de medidas para os dias mais difíceis após deixar de fumar.

Fale com o seu médico sobre os medicamentos que o podem ajudar na cessação tabágica.