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Dia Mundial da Música

Hoje, dia 1 de Outubro, celebra-se o Dia Mundial da Música. Saiba a origem deste dia e algumas curiosidades sobre música.

O Dia Mundial da Música, foi instituída em 1975 pelo International  Music  Council, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, e que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música.

A proposta de consagração de um dia do calendário para celebrar a Música veio do violinista Yehudi Menuhin, um pioneiro da música desaparecido em 1999.

Esta proposta tinha como objectivo a promoção da arte musical em todas as suas vertentes, evolução de culturas, paz, amizade e sempre, sempre muito divertimento.

Em Portugal esta efeméride é celebrada em muitos locais com a realização de concertos e outras apresentações em que a música é o elemento principal.

Curiosidades

A música pode ser utilizada como tratamento médico

Existem estudos que apontam haver uma grande ligação entre a música e o nosso controle postural, coordenação motora e equilíbrio. Por isso, os neurologistas acreditam que a musicoterapia por tempo prolongado consegue melhorar bastante a saúde de pacientes com problemas relacionados ao cérebro, como mal de Parkinson e AVC.

Nesse sentido, escutar música costuma gerar diferentes efeitos positivos no nosso corpo, uma vez que as ondas de rádio emitidas por meio de alto-falantes ou fones de ouvidos ocasionam uma contração nos tímpanos.

Esse movimento nos tímpanos, por sua vez, gera uma cadeia de sinais eletroquímicos que chegam ao córtex auditivo e, a partir desse momento, o som é analisado em relação às suas características. De maneira geral, podemos dizer que é como se todas as partes do cérebro conversassem entre si.

A música estimula e utiliza praticamente todo o cérebro

Já se perguntou porque é que a população, em geral, gosta tanto de música? A verdade é que a música estimula o cérebro e funciona como um tipo de carinho para nossa cabeça, sendo esse um dos motivos para gostarmos tanto dessa arte.

Poucas são as atividades que conseguem estimular todos os ramos do cérebro, sendo a música uma delas, principalmente quando escutamos uma música e tentamos desvendar o sentido da letra, como ocorre quando escutamos uma melodia mais complexa e a nossa cabeça trabalha ainda mais.

Por outro lado, apesar de quase todas as pessoas gostarem de música, existem aqueles que não se sentem bem ouvindo letras e melodias. Trata-se de uma condição chamada de anedonia musical, que afeta 5% da população mundial. As pessoas que sofrem com isso simplesmente não gostam de ouvir música.

No entanto, é válido ressaltar que a anedonia musical não é uma doença. Esses indivíduos apenas apreciam estimular o cérebro de outras maneiras, sem necessitar de notas e melodias para obter esse fim.

A música afeta a velocidade do crescimento de plantas

De acordo com um estudo feito na Coreia do Sul pelo Instituto Nacional de Biotecnologia do país, as plantas são capazes de crescer de forma mais ágil se tocar músicas para elas.

No estudo, os pesquisadores deixaram diferentes plantações expostas ao som de 14 fragmentos de música clássica, como a Sonata ao Luar de Beethoven, enquanto monitoravam o nível de atividade genética das plantas.

O resultado foi surpreendente e muito positivo, pois foi possível perceber que o som gerou uma reação em dois genes denominados rbcS e Ald — genes que também apresentam o mesmo tipo de resposta quando são expostos à luz do sol.

Os cientistas resolveram repetir o experimento num lugar escuro e sem contato com a luz do sol e, mais uma vez, se espantaram ao observar que a plantação teve o mesmo resultado de crescimento somente com a exposição a música clássica. Assim, de acordo com os cientistas, as plantas contam com um gene que as permite “escutar”.

Apenas uma em cada 10 mil pessoas reconhece uma nota musical de ouvido

Sabe o que é ouvido absoluto? Trata-se de uma rara condição em que o indivíduo já nasce com a capacidade de escutar e reconhecer determinada nota musical. Isso quer dizer que quem tem essa capacidade consegue reconhecer sons de notas musicais em qualquer barulho ou ruído que emita um som tonal.

Existem estudos que apontam que somente uma em cada 100 mil pessoas tem essa capacidade, sendo que existem suspeitas de que essa seja uma condição genética.

Além disso, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o ouvido absoluto também pode ser desenvolvido, mas só é possível obter esse feito até aos 5 anos, momento em que o ouvido da criança apresenta maior perceção de notas e sons musicais quando estimulado da forma correta.

Fãs de música clássica e de heavy metal têm personalidades semelhantes

Estudo realizado na Universidade Heriot Watt, em Edimburgo, na Escócia, analisou a relação entre gostos musicais e a personalidade dos indivíduos. Os resultados sugerem a presença de semelhanças entre fãs de música clássica e admiradores de heavy metal.

Pesquisadores entrevistaram 36 mil pessoas, abordando as características da personalidade de cada um e seus gostos musicais.

A conclusão diz que fãs de jazz tendem a usar mais a criatividade, enquanto o contrário ocorre àqueles que gostam de música pop.

Seguindo essa linha, os estudiosos encontraram pontos em comum entre pessoas que gostam de música clássica e heavy metal.

“São pessoas muito criativas, introvertidas e de bem consigo mesmas, o que é estranho. Como você pode ter dois estilos tão distintos com grupos de fãs tão parecidos?“, afirmou Adrian North, líder do estudo

Ainda segundo ele, uma das explicações para o resultado surpreendente pode ser o “aspecto teatral desses estilos, que são dramáticos“.

As pessoas em geral têm um estereótipo sobre os fãs de heavy metal, acham que eles têm tendência suicida, são deprimidos e representam um perigo para si e para a sociedade em geral. Na verdade, são pessoas bem delicadas“, disse.

Ouvir música realizando tarefas pode afetar o desempenho

Ouvir música enquanto desenvolve determinadas tarefas provoca diversos efeitos. Durante a prática da leitura, por exemplo, ouvir música de fundo pode interferir na compreensão, já que se trata de uma atividade que exige atenção plena.

Já durante a prática de atividades físicas, por exemplo, os impactos da música costumam ser muito positivos, ajudando a melhorar o desempenho.

O seu batimento cardíaco sincroniza com o ritmo da música

Como é possível observar nas curiosidades sobre música que apresentamos, a melodia tem uma relação direta com respostas inconscientes em todo o corpo humano. Não é apenas o cérebro que é afetado, sendo que algumas dessas respostas têm a ver, inclusive, com o nosso sistema cardiovascular.

Alguns estudos apontam que existem alterações no nosso sistema cardiovascular que refletem o ritmo musical que o indivíduo está a ouvir, ou seja, a música consegue afetar a frequência cardíaca, as funções respiratórias e a pressão arterial de uma pessoa.

Esse fator pode ter relações com as emoções ligadas a essa música específica, afinal, conseguimos associar determinadas músicas a eventos específicos. Isso quer dizer que, de maneira consciente ou não, a sua música preferida pode até não estar relacionada a um momento que você se lembre, mas provavelmente o assunto da música faz com que o seu cérebro associe a faixa a uma memória.

Músicas afetam a forma como nos sentimos

Quem nunca sintonizou uma playlist de músicas tristes quando não se estava a sentir bem? Ou de canções alegres para limpar a casa ou enquanto se veste para sair? Isto porque o som que estamos a ouvir afeta diretamente em como vemos o mundo ao nosso redor.

Ao ouvirmos músicas mais melancólicas, podemos sentir mais tristeza e lembrar situações não tão agradáveis. Enquanto se escolhermos ritmos divertidos e animados faz com que nossa energia fique mais leve.

Fonte: Rolland e Sapo Lifestyle