Quem como eu viveu a chegada dos computadores e da informática ao mercado de trabalho, percebe a revolução que esta trouxe em todos os campos da sociedade, e tem verificado que, não houve na realidade menos trabalho, mas houve uma transformação imensa nesse mercado, pois antes pelo contrário a exigência aumentou, embora as pessoas que se não adaptaram, pessoas normalmente mais idosas e com pouca instrução se tenham de repente transformado em info-excluídos, ou seja tornaram-se na prática e de repente ignorantes funcionais.
Com estes ensinamentos da revolução informática, parece-me que os Estados e as Empresas já já deveriam estar a educar e a formar pessoal em qualidade e quantidade para poderem rapidamente serem capazes de se integrar nesta nova Revolução, sem hiatos, sob o risco de voltarmos a excluir pessoas e torná-los incompetentes.
Concomitantemente com a educação dos jovens em todos os graus de ensino, e a formação de trabalhadores em qualidade e quantidade suficiente é necessário também começar a legislar nesta matéria, para podermos resistir e alterar a nova realidade, que pode ser um mecanismo preverso para a humanidade, e para isso é necessário formar task-forces, com pessoal especializado nas várias áreas do conhecimento, o que inclui também sociólogos, psicólogos, juristas, e investigadores em IA, entre outros que forem necessários, para que de uma forma integrada se possa legislar atempada e acertadamente.
O emprego não vai desaparecer, mas transformar-se-á.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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