Opinião

COVID-19 Irá o país parar até dezembro?

A informação que dispomos, por parte dos especialistas em epidemias, indica que teremos inexoravelmente de ter 60 a 70 % de infectados em Portugal, e em todos os países, para adquirir os  imunidade de grupo.

Segundo as projeções matemáticas efetuadas pelos epidemologistas, para que os serviços de saúde nacionais  não colapsem é necessário atingir o pico da expectável curva exponencial, o mais tarde possível, para  se poderem tratar a maioria dos casos mais graves.

Nessas indicações  dos epidemologistas Portugal não deverá assim atingir os  60 a 70 % de infectados numa  primeira vaga da pandemia do Covid-19, devendo-se atrasar  o pico desta primeira vaga da exponencial o mais possível. Assim será inevitável que em  Outubro haja uma segunda vaga da pandemia,  dado ser necessário atingir o valor de 60 a 70% de infectados no país.

A mortalidade  será talvez mais baixa se a pandemia for dividida por vagas, pois os serviços de saúde poderão não colapsar.

Havendo duas ou três vagas não colapsarão os serviços de saúde, haverá menos baixas, mas os países e Portugal  colapsará, pois terão de ficar   parados cerca de um ano ou mais.

Em tempos de guerra, ou de pandemia, os políticos têm de decidir como querem e o que querem fazer, no entanto, tal como numa guerra é necessário controlar a informação.

Não é possível ganhar-se nenhuma guerra com informações das baixas ao minuto.

Israel optou por atingir os 60 a 70% o mais depressa possível com mais baixas de uma só vez, mas salvando-o do colapso económico.  Boris quis fazer o mesmo no UK mas cedeu aos media e ao pânico que estes geram e arrepiou caminho.

Qualquer decisão é política e nunca de epidemologistas, e qualquer terá inexoravelmente custos, o nim do António Costa não funciona, pois não quer parar completamente  o país, tomando atitudes mais enérgicas e quer conter a pandemia, quer fazer a quadratura do círculo.

Nuno Pereira da Silva

Cor Inf Res

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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