Sete casos de covid-19 associados à variante do Brasil já foram identificados em Portugal, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), e reportados às autoridades de saúde, que já efetuaram as devidas diligências para tentar travar a cadeia de transmissão.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, estes primeiros casos identificados em Portugal, através da sequenciação genómica, já tinham sido sinalizados como suspeitos pelos laboratórios UniLabs e Synlab, no âmbito da colaboração que estes mantêm com o instituto. Três dos casos terão sido identificados na região da Grande Lisboa, pela Synlab.
“Os casos foram já reportados pelo INSA às Autoridades de Saúde, que já efetuaram as devidas diligências para o rápido rastreio de contactos e adoção de todas as medidas de saúde pública consideradas necessárias para a interrupção de potenciais cadeias de transmissão”, adianta o INSA num comunicado divulgado ontem, dia 21 de Fevereiro.
Os especialistas e líderes mundiais estão preocupados com esta variante, designada por 501Y.V3 (P.1), por causa do seu elevado nível de transmissão- cerca de 50% mais contagiosa-, assim como por ser menos reconhecida por alguns dos anticorpos gerados no decurso de uma infeção, ou seja, a variante brasileira acaba por ser mais resistente a anticorpos, provocando casos de doença grave e com um quadro clínico caracterizado por complicações mais severas. Atinge maioritariamente pessoas de faixas etárias mais novas.
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