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Considerações finais sobre o Hipismo nos Jogos Olímpicos, parte 1 de 3 partes

Foto: FEI/ Hippo Foto – Dirk Caremans

Concurso Completo de Equitação. (CCE)

O CCE é a prova que teve mais alterações nos últimos quarenta anos, altura em que participava nesta prova rainha do hipismo, herdeira do Concurso do Cavalo de Guerra, pois deixaram de existir as provas de estrada e o “steeple chase”, no segundo dia do evento, antes da prova de cross, bem como a maioria dos obstáculos, anteriormente fixos, passaram  a ser desmontáveis ao serem tocados pelos cavalos, para obviar os desastres que aconteciam amiúde no passado, que podiam inutilizar cavalos e cavaleiros.

No entanto, e como se observou com o acidente do nosso atleta Grave, o obstáculo onde ele e o cavalo bateram e caíram, aquela espécie de mesa gigante, não era desmontável tendo infelizmente provocado desnecessariamente graves lesões no cavaleiro que teve de ser operado de urgência, bem como posteriormente o cavalo, por ter sofrido uma cólica, algo que normalmente acontece, pela minha experiência, quando há alterações na rotina dos cavalos, que normalmente geram grande tensão, talvez por falta de pista ou por por dor após o acidente que o fez contrair, impedindo o cavalo de defecar.

Para que o CCE deixe de provocar acidentes que podem ser graves para o binómio, cavalo e cavaleiro, há ainda que fazer alguns ajustes, sendo um deles inerente à obrigatoriedade de todos os obstáculos, sem exceção, se desfazerem, quando houver algum impacto.

A bem da disciplina rainha do CCE ou three days event.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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