Quando chegámos ao parque Eduardo VII ao início da tarde, já eram muitos os milhares de jovens que se iam instalando nos lugares mais próximos do palco/altar, outros deslocavam-se em grandes grupos nas ruas periféricos, entoando cânticos, tirando selfies e confraternizando.
Foram muitas horas à espera da chegada do Papa Francisco, para passar o tempo, foram passando pelo palco vários artistas convidados e no público ia-se dançando debaixo de um sol bastante quente.
Ao longo da tarde foram chegando as diversas entidades oficiais, vários políticos que se iam “colocando em bicos de pés” para tentarem algum protagonismo, mas foram “batidos aos pontos” aquando da chegada do Presidente Marcelo e do presente da CML, Carlos Moedas.
Ao final da tarde, chega o Papa Francisco para ter o seu primeiro grande encontro com os jovens que estão nesta JMJ de Lisboa. Gritaram-ser vivas, cantos, palmas, muita emoção, muito barulho e alegria daqueles que há muitas horas esperavam por este momento.
Antes do discurso do papa, houve ainda espaço para mais alguns momentos musicais dos quais destacamos a presença da fadista Marisa.
Na cerimónia de acolhimento da JMJ, o Papa Francisco discursou para milhares de peregrinos e alertou para os perigos das redes sociais, apelando aos jovens para que tenham identidade própria, fora do virtual.
Francisco referiu-se aos críticos da igreja de forma clara e inebriação afirmando “Amigos, quero ser claro convosco, que sois alérgicos à falsidade e à palavra vazia. Na Igreja, há espaço para todos, para todos. Na Igreja, nenhum sobra, nenhum está a mais, há espaço para todos, assim como somos“.
Outro momento importante do discurso de Francisco foi quando abordou a problemática das redes sociais “Quero fazer-te notar uma coisa: muitos, hoje, sabem o teu nome, mas não te chamam pelo nome. Com efeito, o teu nome é conhecido, aparece nas redes sociais, é processado por algoritmos que lhe associam gostos e preferências. Mas tudo isso não interpela a tua singularidade, mas a tua utilidade para pesquisas de mercado.”, afirmou em tom de “recado” para os milhares de jovens presentes.
O dia terminou com a realização da missa e depois disso, foi assistir às multidões que se deslocavam pelas ruas de Lisboa a pé.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto
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