António Costa foi o grande vencedor da noite eleitoral, a sua estratégia de conquista e consolidação do poder foi brilhante, é um excelente político que interpretou o príncipe de Maquiavel como nenhum outro político nacional o fez até à atualidade, tendo utilizado o PCP e o BE para a sua ascensão, destruindo-os depois sem piedade, anulado o PSD de Rui Rio, colando-o falsamente a uma extrema-direita, que acabou por promover para anular Rio.
Rui Rio demonstrou ser um mau político, que dominou o aparelho partidário, mas nunca o eleitorado simpatizante do PSD, incapaz de fazer uma real oposição ao governo, tendo sido incapaz de federar a direita. Enfim, um político regional, sem nunca ter conseguido atingir um estatuto de líder Nacional. Um logro autêntico.
Rodrigues dos Santos foi o coveiro do partido, que verdadeiramente acabou com Paulo Portas e a sua ambição política, que ao quase fundir o CDS com o PSD, única e exclusivamente com o objetivo de conseguir uma plataforma mais abrangente de acesso ao poder, que se não conciliava, nem concilia com a liderança dum pequeno partido, o destruiu e que ao dele sair deixou de apoiar, pois o seu objetivo próximo é ser o candidato da direita, numas próximas Presidenciais.
A IL ganhou lastro com o estertor do CDS, e poderá como em França, à semelhança do liberal Macron, subir muito neste novo Parlamento, caso o PSD continue a não conseguir afirmar-se como líder do centro-direita, e queira manter-se com uma ideologia indefinida, pois o verdadeiro partido ideologicamente Social Democrata em Portugal é o PS.
O Chega poderá subir no futuro, caso a direita continue sem liderança, no entanto duvido, à semelhança do partido de Marine Le Pen em França, que alguma vez consiga conquistar o poder.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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